O Que É Boleto Não Registrado E Vantagens Em Usar

boleto não registrado

O boleto não registrado é uma prática que caiu em desuso após mudanças regulatórias implementadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Apesar de seu custo reduzido e facilidade de emissão, esse tipo de boleto carrega uma série de riscos — tanto para quem emite quanto para quem paga.

Neste artigo, vamos explorar o que é um boleto não registrado, as principais diferenças em relação ao boleto registrado, quais as vantagens de optar pela modalidade com registro e como se proteger de fraudes. 

O objetivo é trazer dados atualizados e informações baseadas em fontes públicas e confiáveis.

O Que Significa Boleto Não Registrado?

O boleto não registrado é uma modalidade de cobrança que não exige o envio dos dados do pagador (como nome, CPF/CNPJ e endereço) ao banco emissor no momento da geração do boleto. 

Na prática, o banco não possui controle nem informação sobre o boleto até que ele seja pago, o que impede o rastreamento e dificulta ações de cobrança ou contestação.

Até 2017, esse era o modelo mais utilizado no país, principalmente por pequenos comerciantes e prestadores de serviço, devido ao custo operacional mais baixo. No entanto, por não envolver o banco na gestão dos dados, o boleto não registrado se tornou um dos principais vetores de fraudes financeiras no Brasil.

Qual A Diferença Em Relação Ao Boleto Registrado?

A principal diferença entre o boleto registrado e o boleto não registrado está na obrigatoriedade do envio de informações ao banco emissor no momento da geração. 

No boleto registrado, os dados do pagador e da cobrança são comunicados à instituição financeira, que então insere o boleto em uma base centralizada chamada Nova Plataforma de Cobrança (NPC).

Criada pela Febraban em parceria com o Banco Central, essa base passou a ser obrigatória desde 2018, com o objetivo de trazer mais segurança, controle e padronização às transações via boleto.

Segundo dados da Febraban, a NPC processou, em 2022, cerca de 4 bilhões de boletos bancários, todos registrados — mostrando o fim gradual da modalidade sem registro.

Quais As Vantagens Do Boleto Registrado?

Apesar de ter um custo operacional ligeiramente maior, o boleto registrado oferece diversas vantagens para empresas e consumidores:

Cadastro Em Débito Automático

Ao contar com boletos registrados, empresas podem permitir o cadastramento dos clientes em débito automático, o que facilita o pagamento de contas recorrentes e reduz a inadimplência.

Essa integração só é possível porque os dados da cobrança estão disponíveis e acessíveis no sistema bancário, o que não acontece com boletos não registrados.

Menores Índices De Fraudes

A Febraban destaca que, desde a obrigatoriedade da NPC, houve uma redução significativa nas fraudes com boletos falsos. Como os dados do boleto são validados antes do pagamento, o sistema é capaz de bloquear cobranças com inconsistências.

Um estudo publicado pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que os boletos falsos estão entre os golpes mais comuns online, especialmente em sites de vendas e marketplaces. 

A maioria desses golpes utiliza boletos sem registro, pois não passam por nenhuma verificação institucional.

Cobrança Extrajudicial

O boleto registrado também permite a cobrança extrajudicial, uma ferramenta importante para empresas que desejam recuperar créditos em atraso. 

Como os dados do pagador estão devidamente registrados, o título pode ser protestado ou enviado a cartórios — o que não é possível com boletos não registrados.

O Que A Legislação Diz Sobre Boleto Sem Registro?

A legislação, especificamente as regras definidas pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), determina que o boleto sem registro não é mais utilizado. Essa mudança ocorreu em meados de 2018, com a obrigatoriedade de boletos registrados para todos os novos clientes. 

A principal razão para esta mudança foi a busca por maior segurança e controle nas transações. A Resolução BCB nº 443, publicada pelo Banco Central, moderniza o boleto bancário, um dos meios de pagamento mais utilizados no Brasil, e traz várias melhorias. 

Uma das principais mudanças é a possibilidade de pagamento de boletos por meio do PIX, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central.

A resolução também cria o boleto dinâmico, uma modalidade que será utilizada na negociação de títulos representativos de dívidas entre empresas, com ganhos de segurança e eficiência. Além disso, a Resolução BCB nº 443 estabelece normas para a compensação e liquidação dos boletos, visando maior eficiência e segurança nas operações.

A iniciativa do Banco Central faz parte de um conjunto de medidas para modernizar o sistema financeiro nacional, acompanhando as transformações digitais do setor e as demandas por meios de pagamento mais ágeis, flexíveis e confiáveis. 

O Que Fazer Ao Receber Um Boleto Registrado?

Ao receber um boleto registrado, o consumidor pode ter maior confiança na cobrança. Ainda assim, é fundamental:

  • Verificar se o nome do beneficiário corresponde ao da empresa ou serviço contratado.
  • Conferir o valor, vencimento e dados do pagador.
  • Validar o código de barras no site do banco emissor.

Muitos bancos oferecem ferramentas online para validação de boletos, inclusive por meio de aplicativos móveis.

Como Identificar Um Boleto Não Registrado?

Identificar um boleto não registrado pode ser mais difícil atualmente, dado que grande parte das instituições deixou de operar com esse tipo de cobrança. No entanto, ainda é possível encontrar indícios, como:

  • Ausência de informações completas do pagador.
  • Dificuldade em validar o código de barras no banco.
  • Emissão por instituições suspeitas ou que não são bancos regulados pelo Banco Central.

Caso haja dúvidas, vale usar ferramentas como o Validador de Boletos da Febraban.

Como Evitar Golpes Com Boletos?

Além de priorizar o uso de boletos registrados, as boas práticas incluem:

  • Evitar boletos enviados por e-mail em PDF não solicitado.
  • Conferir o domínio do site antes de gerar boletos online.
  • Utilizar apps de banco com leitura de código de barras para conferir dados.

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) reforça a importância de sempre comparar os dados do boleto com os da empresa contratada, principalmente em compras feitas pela internet.

Como Emitir Um Boleto Registrado?

Hoje, diversas instituições financeiras — incluindo bancos digitais e fintechs — oferecem APIs e plataformas para a emissão de boletos registrados. O processo costuma incluir:

  1. Cadastro do cliente com CPF/CNPJ e endereço.
  2. Definição do valor, data de vencimento e possíveis juros/multas.
  3. Geração do boleto via sistema integrado com banco.
  4. Registro automático na Nova Plataforma de Cobrança.

Empresas que usam sistemas como ERP ou plataformas de e-commerce podem integrar essas funcionalidades de forma direta.

Esse Tipo De Boleto Ainda Existe?

Apesar da obrigatoriedade de boletos registrados, ainda é possível encontrar boletos não registrados sendo emitidos de forma irregular, especialmente por empresas não regulamentadas ou serviços informais. No entanto, esses boletos não são reconhecidos oficialmente pelos bancos e não têm garantia legal.

Conclusão

O boleto não registrado, embora tenha feito parte da realidade de muitos negócios brasileiros, hoje representa mais riscos do que vantagens. 

Com a consolidação da Nova Plataforma de Cobrança e o avanço das tecnologias financeiras, o boleto registrado passou a oferecer muito mais segurança, controle e possibilidades de cobrança.

Para empresas que desejam manter um relacionamento saudável com seus clientes e garantir recebimentos com segurança, investir em soluções modernas de cobrança — como boletos registrados, links de pagamento e carteiras digitais — é o caminho mais recomendado.

Se a sua empresa ainda utiliza boletos não registrados ou está em busca de alternativas mais eficientes, a Pagsmile oferece soluções completas para automatizar e escalar seus meios de pagamento com segurança, agilidade e total conformidade com as exigências legais.

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